17 de dezembro de 2007

Respirar recordações

Numa corrida fui buscar a caixinha prateada que impacientemente esperava por algo especial. Depois de tanto tempo, não podia deixar fugir a coragem de guardar tudo o que durante meses não fui capaz.

Aconcheguei as fotografias, os presentes, os sorrisos, os amuos, as memórias, os sonhos, o teu nome… e fechei.a.

Lentamente a brisa do amanhecer entrou pela janela entreaberta invadindo o quarto com o perfume que pensava também ter deixado fechado. Aquele que tantas vezes respirei fortemente como prova do que vivia era verdadeiro, que estavas lá, que era feliz. O perfume que mais uma vez foi capaz de desassossegar o meu coração, o teu.

Uma simples brisa não podia ter força para a reabrir. Não podia ser capaz de deixar fugir todas as memórias para onde sempre estiveram.

Não! A saudade não podia ser mais forte.

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